Nesta segunda-feira (14/10), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu temporariamente uma mulher transexual, de 30 anos, suspeita de participação em um latrocínio ocorrido no bairro Jardim Atlântico, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. A vítima, um homem de 52 anos, foi encontrada morta no dia 12 de agosto, em uma simulação de acidente de trânsito.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Warlyson de Oliveira Henriques, a Polícia Militar foi inicialmente acionada para atender uma ocorrência de acidente de trânsito. No local, uma equipe do Samu confirmou a morte da vítima, que estava presa entre uma árvore e a porta de sua caminhonete.
"Uma testemunha relatou ter visto, por volta das 16h do dia do crime, uma caminhonete prata estacionada na contramão. Quatro pessoas desembarcaram do veículo, aparentando estar discutindo. Entre elas, um homem mais velho, identificado posteriormente como a vítima, e três mulheres, que depois identificamos como mulheres transexuais", detalhou Henriques.
Após investigação da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Venda Nova, a PCMG concluiu que se tratou de um latrocínio. O crime ocorreu em um conhecido ponto de prostituição de mulheres trans. Segundo o delegado, após um desentendimento, as suspeitas roubaram o celular da vítima e fugiram sem prestar socorro. Câmeras de segurança foram cruciais para a identificação das envolvidas.
Conforme a reconstituição feita pela Polícia Civil, a vítima parou seu veículo para contratar os serviços de duas profissionais do sexo. Enquanto elas estavam no carro, uma terceira mulher tentou entrar, gerando desconfiança por parte do homem. Ao perceber a situação, ele tentou fugir, mas acabou sendo prensado entre a caminhonete e uma árvore, o que causou sua morte.
"O veículo possivelmente estava desengrenado, e o peso da caminhonete pode ter exercido uma força considerável sobre o corpo da vítima, provocando uma compressão fatal no tórax", explicou Henriques.
As imagens de segurança mostraram que, inicialmente, as suspeitas tentaram socorrer a vítima, que estava gravemente ferida. Contudo, momentos depois, roubaram seu celular e fugiram. Durante as investigações, a PCMG descobriu que as envolvidas já tinham histórico de crimes patrimoniais com o mesmo modus operandi.
Na ação desta segunda-feira, a Polícia Civil apreendeu o celular da vítima com a suspeita, que foi indiciada por roubo seguido de morte (latrocínio). Em seu interrogatório, ela negou participação no crime. A suspeita foi encaminhada ao sistema prisional e permanece à disposição da Justiça.
As investigações continuam para localizar as outras suspeitas, que seguem foragidas.
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